Resumo
A exposição dos túbulos dentinários, a permeabilidade da dentina e a hipersensibilidade dentinária possuem estreita relação. Este estudo avaliou a permeabilidade da dentina submetida ao tratamento com dois agentes dessensibilizantes: nano-hidroxiapatita (n-HAP) e cloreto de estrôncio (SrCL2). Trinta terceiros molares hígidos foram extraídos por razões ortodônticas de pacientes entre 18 e 30 anos. A partir das coroas dos molares obtidos realizou-se a confecção dos espécimes com dimensões de 5x5x1mm, que foram distribuídos aleatoriamente em três grupos de tratamento (n=10): GC: sem tratamento dessensibilizante, armazenado somente em água destilada; GE: aplicação de cloreto de estrôncio a 10% durante 5 min sobre a superfície dentinária; GnHAP: aplicação da n-HAP seguindo o mesmo protocolo utilizado para GE. Foi utilizado um modelo in vitro de transporte de fluidos para a medição da condutância hidráulica da dentina, associado à análise qualitativa de Microscopia de Varredura Eletrônica (MEV). Os resultados da vazão (Q) e a condutância hidráulica da dentina (Lp) foram analisados por ANOVA a um fator, com teste post-hoc de Tukey, α=5%. A média de Q e Lp do grupo GC diferiu estatisticamente (p<0,01) dos grupos GE e GnHAP, que foram similares entre si (p>0,05). As fotomicrografias obtidas dos espécimes do GC mostraram os túbulos dentinários mais abertos, quando comparados ao GE e ao GnHAP. Concluiu-se que tratamentos dessensibilizantes com SrCL2 e n-HAP foram eficazes na redução da permeabilidade dentinária.